O Brasil precisa da sua colaboração!

5h00 de uma manhã fria, o vento toca a pele de Jessé por baixo do agasalho fino antes do sol amanhecer. Aos 15 anos ele acaba de sair de casa para pegar um ônibus que o levará de Itaqua a Guarulhos em um percurso de quase 2 horas. Não quer chegar atrasado para a aula. Sono, fome e, sobretudo, vontade o acompanham. Jesse tem construído seu destino com tijolos de vontade. É como se carregasse os tijolos nos ombros, mas ninguém percebe ou enxerga, porque são pedras invisíveis que o deixam ainda mais forte para enfrentar a rotina exaustiva de treinos. O atleta tinha 12 anos quando o sonho do esporte o visitou pela primeira vez. Assistindo a um programa de TV soube de um grupo de ginástica acrobática. Na semana seguinte pediu ao pai que o apresentasse para uma seletiva do grupo. Assim que o viu, sua professora, Alessandra, reconheceu nele um talento. Percebeu no olhar do menino um brilho triste e tímido de quem já teria visto muitas portas se fecharem mas que escondia a esperança de uma nova luz em um amanhã próximo. Ela não sabia, mas a luz viria dela e da bolsa de es tudo em uma escola particular que conseguiria para ele nos meses seguintes. Embora tenha estudado a vida toda em escola pública Jesse imediatamente se tornou o melhor aluno da turma, com notas que oscilavam entre 9 e 10. Depois de estudar o dia todo e da rotina de treinos o menino volta para casa com o dia já escuro. No trajeto de ônibus massageia com as próprias mãos os ombros, respira fundo e agradece por mais um dia. Chega na casa de dois cômodos em que mora com os pais e os dois irmãos. Antes de adormecer Jessé faz sua última oração, última porque sua vida toda é uma oração, suas atitudes são sempre um pedido, uma súplica. Em tudo que faz há o chamado inaudível, um grito sem som, para que um sonho se realize.

Conheci Jessé hoje. Perguntei a ele o sonho, ele sorriu timidamente e pude reconhecer ali o mesmo sorriso que comoveu sua professora, Alessandra, há 3 anos. Nesse tempo ele se tornou tricampeão de ginástica olímpica individual, foi duas vezes campeão nacional de ginástica acrobática, de forma que nem por um segundo ela se arrependeu de ter investido nele e acreditado. Educadores são feitos dessas crenças, antes mesmo que os motivos apareçam. Alessandra acreditou. Por isso hoje lágrimas escorreram de seus olhos, porque Jessé está diante de seu maior obstáculo. O maior porque não depende dele. Se fosse uma paralela ou argola ele saberia erguer os braços alcançá-las e erguer o peso de todo o seu corpo para mais uma série de exercícios que fazem dele um vencedor. O desafio de agora é arrumar dinheiro para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática que acontecerá em abril nos E.U.A. Todos os outros atletas da equipe conseguiram pagar a viagem com ajuda da família. Jesse não. A sua família consegue com dificuldade arcar com suas despesas de alimentação e transporte.

Jessé precisa de R$ 1.161,25 até segunda-feira (23/01/2011) para dar a entrada.
Ah!? Depois de sorrir ele me respondeu que seu sonho é trazer a medalha de ouro para o Brasil neste campeonato. Para ele pode ser mais difícil, porque Jessé carrega tijolos invisíveis. E dessa vez a sua vontade não é suficiente.

Para ajudar depósitos na conta de sua professora (que conheço pessoalmente e confio):
Alessandra Antonio dos Santos
Banco do Brasil
Ag. 1555-5 C/C 24 501 - 1
CPF 377 483 428 - 81

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Aline A. A. Ahmad