A Escola na Idade Média 18.08.11 7:44
É durante os séculos XIV e XV que ocorre a expansão das escolas
devido, em grande parte, aos esforços catequistas da Igreja na busca de
fiéis. "(...)é preciso estudar a Bíblia para chegar a Deus, e as
palavras da liturgia não toleram imprecisão. Cabe à Igreja atrair fiéis,
que devem conhecer as preces e os preceitos.". Assim, os dois últimos séculos da Idade Média presenciam a expansão da escrita, tanto em latim quanto na língua vulgar.[1]
Destinadas a crianças entre sete e quatorze anos, aos poucos a escola
traz o livro do domínio eclesiástico e político para o uso quotidiano.
Expande-se para os estabelecimentos comerciais ("livros de contas") e
chega à zona rural nos contratos de venda ou locação, mesmo para posses
pequenas. Também nas profissões, a escola exerce grande influência:
frequentar a escola constitui uma prova de honradez, útil para conseguir
um bom casamento, tornar-se administrador dos bens da paróquia ou
magistrado municipal: scolae scalae ("a escola é uma escada"). [1]
Estas escolas eram presididas por um eclesiástico, scholasticus, subordinado ao bispado, daí o nome de escolástica
dado à doutrina e à prática de ensino. Há, porém, uma forte demanda por
elas que são menos para moças, camponeses e pequenos vendedores, do que
para moços, citadinos e mercadores. Apesar do estímulo na formação de
cléricos por Carlos Magno (768-814), (e em 1215 o Concílio de Latrão fez referência a ela), não há uma estrutura escolar uniforme: uma escola por paróquia. [1]
O magistério tem maior concentração nas regiões mais desenvolvidas.
Os mosteiros beneditinos recebem rapazes e moças. Os jovens pensionistas
sempre se tornam monges. Os conventos e confrarias também podem manter
escolas, assim como hospitais e orfanatos. Fundar, subvencionar e manter
uma escola constituem um ato de misericórdia. A escola pode funcionar
ainda, sobretudo na Itália, como empresa privada subvencionada pela
comuna. Em uma escala mais reduzida, os mercadores ensinam a seus
aprendizes as bases da escrita e do cálculo. [1]
A oferta assume várias formas, bem adaptada à demanda dos pais e
inserida na continuidade da educação familiar, centrada na aprendizagem
dos valores, na socialização e na aquisição de competências precisas.
Este tipo de oferta tem seus inconvenientes: a flexibilidade de suas
estruturas resulta em um funcionamento aleatório; se o pároco muda ou o
mestre decide viajar, a escola pára de funcionar. [1]
Na França,
as escolas elementares só surgiram na segunda metade do século XIII, e
se multiplicaram entre 1350 e 1450. As escolas rurais são relativamente
bem conhecidas no norte, na Champanha e na Normandia,
ou em toda região rica e urbanizada que tem muitos clérigos a formar e
muitos monges para formá-los. No Norte, em 1449, das 156 aldeias de Flandres,
152 possuem uma escola. Na zona rural, a escola raramente ensina a
escrever: "saber ler é uma função intelectual valorizada, saber escrever
é uma habilidade manual vagamente desprezada". Na cidade, há todos os
tipos de escola (cursos em latim ou em língua vulgar) assim como todos
os níveis de ensino. No norte, Lille e Saint-Omer trinta escolas, quase uma por paróquia e Douai possui sete escolas. Em Valenciennes,
que conta com vinte escolas em 1337 e quarenta e nove em 1388, há,
nessa data, 516 crianças (145 meninas) escolarizadas entre sete e dez
anos. [1]
Fonte: wikipédia
devido, em grande parte, aos esforços catequistas da Igreja na busca de
fiéis. "(...)é preciso estudar a Bíblia para chegar a Deus, e as
palavras da liturgia não toleram imprecisão. Cabe à Igreja atrair fiéis,
que devem conhecer as preces e os preceitos.". Assim, os dois últimos séculos da Idade Média presenciam a expansão da escrita, tanto em latim quanto na língua vulgar.[1]
Destinadas a crianças entre sete e quatorze anos, aos poucos a escola
traz o livro do domínio eclesiástico e político para o uso quotidiano.
Expande-se para os estabelecimentos comerciais ("livros de contas") e
chega à zona rural nos contratos de venda ou locação, mesmo para posses
pequenas. Também nas profissões, a escola exerce grande influência:
frequentar a escola constitui uma prova de honradez, útil para conseguir
um bom casamento, tornar-se administrador dos bens da paróquia ou
magistrado municipal: scolae scalae ("a escola é uma escada"). [1]
Estas escolas eram presididas por um eclesiástico, scholasticus, subordinado ao bispado, daí o nome de escolástica
dado à doutrina e à prática de ensino. Há, porém, uma forte demanda por
elas que são menos para moças, camponeses e pequenos vendedores, do que
para moços, citadinos e mercadores. Apesar do estímulo na formação de
cléricos por Carlos Magno (768-814), (e em 1215 o Concílio de Latrão fez referência a ela), não há uma estrutura escolar uniforme: uma escola por paróquia. [1]
O magistério tem maior concentração nas regiões mais desenvolvidas.
Os mosteiros beneditinos recebem rapazes e moças. Os jovens pensionistas
sempre se tornam monges. Os conventos e confrarias também podem manter
escolas, assim como hospitais e orfanatos. Fundar, subvencionar e manter
uma escola constituem um ato de misericórdia. A escola pode funcionar
ainda, sobretudo na Itália, como empresa privada subvencionada pela
comuna. Em uma escala mais reduzida, os mercadores ensinam a seus
aprendizes as bases da escrita e do cálculo. [1]
A oferta assume várias formas, bem adaptada à demanda dos pais e
inserida na continuidade da educação familiar, centrada na aprendizagem
dos valores, na socialização e na aquisição de competências precisas.
Este tipo de oferta tem seus inconvenientes: a flexibilidade de suas
estruturas resulta em um funcionamento aleatório; se o pároco muda ou o
mestre decide viajar, a escola pára de funcionar. [1]
Na França,
as escolas elementares só surgiram na segunda metade do século XIII, e
se multiplicaram entre 1350 e 1450. As escolas rurais são relativamente
bem conhecidas no norte, na Champanha e na Normandia,
ou em toda região rica e urbanizada que tem muitos clérigos a formar e
muitos monges para formá-los. No Norte, em 1449, das 156 aldeias de Flandres,
152 possuem uma escola. Na zona rural, a escola raramente ensina a
escrever: "saber ler é uma função intelectual valorizada, saber escrever
é uma habilidade manual vagamente desprezada". Na cidade, há todos os
tipos de escola (cursos em latim ou em língua vulgar) assim como todos
os níveis de ensino. No norte, Lille e Saint-Omer trinta escolas, quase uma por paróquia e Douai possui sete escolas. Em Valenciennes,
que conta com vinte escolas em 1337 e quarenta e nove em 1388, há,
nessa data, 516 crianças (145 meninas) escolarizadas entre sete e dez
anos. [1]
Fonte: wikipédia