.Nice • 21.06.13 9:52
Little Inferno 21.06.13 9:52
Little Inferno é um experimento, pura e simplesmente. É um jogo diferente de praticamente qualquer outro no mercado, em que você realiza uma única ação durante praticamente o jogo inteiro e que tem grandes ambições narrativas, mas que, ao se prender a certos conceitos tradicionais, fica muito longe do que poderia ser, ainda que consiga se salvar no final.
Em Little Inferno, você queima coisas. Muitas coisas. Cento e quarenta, para ser exato. Basta apontar e clicar com o Wii Remote ou tocar na tela do GamePad e uma chama irá surgir naquele ponto. Ao queimar um objeto, você é recompensado com para comprar mais objetos, para então queimá-los, conseguir e assim continuar com o ciclo. Naturalmente, um ciclo que se torna cansativo em pouco tempo, de forma que o jogo se sustenta praticamente apenas em cima dos itens, cujos efeitos são quase sempre interessantes de se observar. Queime uma espiga de milho e veja pipocas saltando. Queime uma câmera e ela irá tirar uma foto cujo espectro lembra bastante o que a câmera do GamePad está vendo. Queime um homem-bomba e, bem... Ou então jogue queime uma bomba de gelo e congele tudo no cenário (porque Física do mundo real é chata). Mas, claro, questionar a lógica de um jogo que possui a internet materializada como item é inútil.
Há um sistema de progressão que consiste em encontrar combos de dois ou três objetos. Após um certo número de combos ser encontrado, é possível comprar novos catálogos de objetos, que por sua vez também liberam novos combos. Esse sistema acaba minando as boas intenções de Little Inferno, porque o força a jogar de uma forma precisa e sabota a experimentação que torna a jogabilidade interessante. Obviamente, muitas pessoas não iriam gostar de ficar quatro ou cinco horas queimando coisas sem parecer que estão chegando a algum lugar, todavia a narrativa teria mais liberdade e poderia se tornar mais eficiente, mesmo que o jogo ficasse mais curto, fazendo desse um experimento cujos resultados poderiam ser melhor aproveitados.
A narrativa, aliás, é muito similar ao trabalho anterior de Kyle Gabler, World of Goo. Enquanto no jogo de 2008, a história era em boa parte contada através de placas, aqui você recebe cartas que fazem a história avançar em doses homeopáticas. Cartas interessantes e bem humoradas que, por si só, não conseguem manter o interesse no jogo, mas ao menos são agradáveis de ler.
Então, há o ato final. Tudo faz sentido. Nele, Little Inferno revela o que gostaria de ser e o que poderia ser. E então acaba.
Em Little Inferno, você queima coisas. Muitas coisas. Cento e quarenta, para ser exato. Basta apontar e clicar com o Wii Remote ou tocar na tela do GamePad e uma chama irá surgir naquele ponto. Ao queimar um objeto, você é recompensado com para comprar mais objetos, para então queimá-los, conseguir e assim continuar com o ciclo. Naturalmente, um ciclo que se torna cansativo em pouco tempo, de forma que o jogo se sustenta praticamente apenas em cima dos itens, cujos efeitos são quase sempre interessantes de se observar. Queime uma espiga de milho e veja pipocas saltando. Queime uma câmera e ela irá tirar uma foto cujo espectro lembra bastante o que a câmera do GamePad está vendo. Queime um homem-bomba e, bem... Ou então jogue queime uma bomba de gelo e congele tudo no cenário (porque Física do mundo real é chata). Mas, claro, questionar a lógica de um jogo que possui a internet materializada como item é inútil.
Há um sistema de progressão que consiste em encontrar combos de dois ou três objetos. Após um certo número de combos ser encontrado, é possível comprar novos catálogos de objetos, que por sua vez também liberam novos combos. Esse sistema acaba minando as boas intenções de Little Inferno, porque o força a jogar de uma forma precisa e sabota a experimentação que torna a jogabilidade interessante. Obviamente, muitas pessoas não iriam gostar de ficar quatro ou cinco horas queimando coisas sem parecer que estão chegando a algum lugar, todavia a narrativa teria mais liberdade e poderia se tornar mais eficiente, mesmo que o jogo ficasse mais curto, fazendo desse um experimento cujos resultados poderiam ser melhor aproveitados.
A narrativa, aliás, é muito similar ao trabalho anterior de Kyle Gabler, World of Goo. Enquanto no jogo de 2008, a história era em boa parte contada através de placas, aqui você recebe cartas que fazem a história avançar em doses homeopáticas. Cartas interessantes e bem humoradas que, por si só, não conseguem manter o interesse no jogo, mas ao menos são agradáveis de ler.
Então, há o ato final. Tudo faz sentido. Nele, Little Inferno revela o que gostaria de ser e o que poderia ser. E então acaba.
